Correndo pelado - Longevidade Bradesco etapa SP
Por: Sportclick News em Últimas Notícias • 29/01/2016
No último domingo, dia 24 de janeiro, véspera do aniversário da cidade de São Paulo, aconteceu na região do Museu Paulista, ou Museu do Ipiranga a 14ª e última etapa do Circuito Bradesco Longevidade do ano de 2015, um circuito com grandes nomes do atletismo que correm em busca da ótima premiação. O circuito existe desde 2007, já percorreu 18 cidades brasileiras e pelo sexto ano conta com a participação dos paulistanos na corrida de 6km e na caminhada de 3km.
A prova idealizada pelo Bradesco Seguros tem um preço muito convidativo e premiação com troféus por categoria o que torna uma grande disputa conseguir fazer a inscrição, e essa edição aconteceram problemas com as datas previamente informadas e a data real da abertura das inscrições, causando grande descontentamento nos corredores que esperaram e não conseguiram efetuar as concorridas inscrições que abriram em data anterior a prevista. Esse fato aconteceu duas vezes, sendo que a segunda além de antecipar, só podia ser concluída comsmartfone e cartão de crédito.
Sobre a premiação por faixa etária, o regulamento um tanto confuso não explicava se seriam 3(três), 5(cinco) ou ZERO os números de troféus a serem colocados em disputa, questionamos isso na entrega dos kits na sexta-feira antes da prova e ficaram de acertar o regulamento. Uma situação desconfortável para quem conseguiu a disputada inscrição ter que descobrir que a regra foi alterada na véspera.
Mas, a pior alteração foi no percurso, que no site aparecia como uma volta ÚNICA de 6 kms em torno do Museu Paulista e suas longas subidas, mas o que aconteceu na realidade foi que após a a largada encontramos a placa do Km 5, que deu a entender que teríamos que passar novamente por ali. Esse fato foi comprovado quando avistamos uma separação muito mal sinalizada indicando o caminho a ser seguido.
Essa volta extra de pouco mais de 1 km afetou completamente o resultado das categorias, principalmente as femininas, que além de ter homens correndo com números femininos, teve a presença de mulheres que devem ter cansado na longa subida para o km 5 e muito provavelmente completaram a prova sem percorrer todo o percurso de 6 km.
Essas pessoas, provavelmente, melhor acreditar assim, ao se sentirem cansadas com as subidas e decidindo encurtar o sofrimento acabaram afetando o resultado final das categorias e na hora que as atletas que treinam forte, que derreteram nas subidas e completaram os difíceis 6 kms do percurso foram procurar a classificação foram surpreendidas e não encontraram os nomes entre as três primeiras.
A pior parte vem agora, os staffs que estavam com a lista e troféus não ajudaram em nada e nem ouviram os questionamentos. Questões óbvias que se respondidas ou desclassificariam as primeiras colocadas das listas nas categorias ou descobriria novos fenômenos das corridas. Basta olhar o tempo da campeã da categoria F25 que tem um tempo(19'52") melhor até que a queniana Carolyne Chemutai Komen, CAMPEÃ GERAL da PROVA com 20'16", em segundo ficou a atleta da Tanzânia Natalia Elisante Sulle com 20'24". A primeira brasileira foi Juliana G. Dos Santos com 21'00 e foi a terceira colocada geral seguida por Rosângela Raimunda Pereira Faria com 21'05" e Maria Aparecida Ferraz com 21'20".
Não precisaria muita boa vontade para entender que na faixa etária é impossível ser mais rápido que o pelotão de Elite que larga na frente como abre alas para a multidão e tem o tempo bruto como referência.
Nem precisa procurar as fotos das envolvidas, prefiro acreditar que elas nem sabem que atrapalharam toda a classificação, ainda não tive resposta da organizadora sobre o destino dado aos troféus, se foram entregues ou se serão encaminhados pelo correio para as pessoas erradas, visto que nenhuma foi desclassificada. Só sei que as atletas merecedoras deram com a cara na porta, ou melhor, na tenda de entrega dos troféus e foram pessimamente recebidas.
Infelizmente, quando as provas oferecem premiação esquecem do básico que é colocar controle e pessoas que vivam a corrida para responder por isso. Até quando não existe premiação tem os "malandros" que batem recordes mundiais de picaretagem e ainda brigam por algo que não existe, ou aqueles que ficam famosos em rede nacional por fazer o impossível e sempre vai ter quem aplauda esses atos.
Ainda aguardando notícias ou respostas sobre essas alterações do percurso ou sobre o descontrole desses tempos e destino dos troféus.
No masculino, o campeão com 17'09" foi o etíope Dawit Fikadu Admasu seguido pelo quenianoWillian Kipor com 17'15" e em terceiro o tanzaniano, Joseph Tiophil Panga com 17'27", a quarta e quinta colocação ficou com os brasileiros Altobelli Santos da Silva com 17'34" e Gilberto Silvestre Lopes com 18'10''.
Curiosidade: essa prova é classificada como bronze, fato que só permite a participação de um estrangeiro de cada país.
momento Robert Foto: Sportclick/Tito Brito |
Sobre a prova
Agora vai aparecer a resposta para o título do post, Quem correu pelado? Eu corri pelado, corri sem câmera, foi uma sensação de estar pelado e lembrei que a última vez que isso tinha acontecido, apareceu um cara pelado no meio da prova.
No meio da correria e na pressa de sair na madrugada para chegar na prova, esqueci a câmeraTomTom Bandit ao lado do computador e lembrei pouco antes de chegar no Museu. Tive que correr sem registrar o tumulto do percurso e os amigos pelo caminho. Consegui um ritmo muito melhor que o imaginado considerando a quantidade de subidas e cheguei bem próximo as meninas que ficaram sem troféu, meninas que são pódio em diversas provas onde não tem premiação para ELITE, e essas meninas foram prejudicadas conforme explicado acima, ficaram sem o reconhecimento pelo esforço e até o momento não sabemos se os troféus foram entregues para quem não cumpriu o percurso todo, só sabemos que o resultado está totalmente contaminado.
Algo muito comum nas provas aferidas por essa organizadora, visto que na Meia de Sampa em outubro estava tudo confuso e continua até essa data e ninguém respondeu aos questionamentos feitos logo após a prova por Blog e Run.
As grandes atrações do Circuito da Longevidade Bradesco além dos grandes corredores internacionais e os melhores brasileiros foram os mascotes dos jogos olímpicos Rio 2016 Tom e Vinícius, a réplica da tocha olímpica, o Ginga, mascote do Time Brasil e o ex-jogador de vôlei e super campeão Giba que além de correr a prova foi apresentado como embaixador do Grupo Bradesco Seguros para os jogos 2016.
A renda de R$ 73 mil arrecadada com as inscrições dessa prova será doada para a Casa Espírita Apóstolo Simão Pedro.
Agora vamos aguardar pelo Circuito Longevidade Bradesco 2016 com muitas disputas, premiações e controles bem apurados.
FONTE